quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O Vencedor está Só - Paulo Coelho


Sinopse: O Vencedor está Só é, segundo Paulo Coelho, uma fotografia do mundo em que vivemos. A ação se passa em 24 horas, durante o Festival de Cinema de Cannes. Produtores, atores consagrados, candidatas a atriz, top models, estilistas e um assassino em série movimentam-se nos bastidores da festa – um retrato da Superclasse, a elite da elite que define os rumos de nossos dias. Levando ao leitor detalhes de como vivem e se comportam personagens baseados na vida real, o autor faz de seu romance um testemunho da crise de valores de um universo centrado nas aparências.

Confesso que cheguei a abandonar o livro uma vez.  Um Crime. Mas me redimi assim que o li, e me arrependo apenas de não tê-lo lido antes para resenhá-lo aqui. Mas agora o faço com grande satisfação.



Capa: A capa, assim como a história do livro e a narrativa de Paulo Coelho, joga o leitor em cima do tapete vermelho, em frente aos brilhos do flashes das objetivas disparadas a todo momento, e nos faz fazer parte de um universo teoricamente distante. O universo da Superclasse.
A capa é de um material de ótima qualidade, claro, estamos diante de uma obra de Paulo Coelho, não que eu seja um fã, pelo contrário, até o acho um tanto arrogante, mas o fato é que seus trabalhos são dignos da sua pessoa.
O livro possui capa dura, muito bem trabalhada, e páginas amarelas, o que é preferência para mim. Não gosto de livros com páginas brancas, torna a visão cansativa, e me dá sono. Ao abrir o livro, encontrarás um rascunho de mapa da cidade de Cannes, para que o leitor possa se situar em toda a ação do livro.
Excelente.

História: Nem sei por onde começar... São tantos pontos fortes em uma só história, que fica difícil ter que escolher por onde iniciar.

A história envolve uma candidata a atriz, em início de carreira, buscando todos os tipos de contratos e aceitando de tudo para chegar aonde quer, contudo, seus caminhos se cruzam cautelosamente com os de um bem sucedido empresário russo que está na cidade para participar do evento, e levar consigo sua ex-mulher de volta para casa, que o abandonou por um estilista árabe educado na França e que é a celebridade mais cobiçada da festa em questão, este assina um contrato com “mais de seis dígitos” com uma bela top model nascida em Antuérpia – Bélgica, mas que apesar de todo o luxo e glamour que o novo contrato pode proporcionar, seu coração bate por alguém que terá que abandonar, caso aceite as condições contratuais.

A narrativa lança o leitor direto para o ventre de Cannes, onde tudo acontece. Onde em uma visão geral é possível ver algumas dezenas de pessoas honradas, importantes com seus compromissos e muito conhecidas, invejadas e desejadas pelos demais. Porém, os personagens são obrigados a descobrir da maneira mais dura possível, que nada é como parece, e que ninguém é de fato como transmite ser.

Dentre aqueles julgados a Superclasse, existe um assassino que busca alcançar seu objetivo sem ser interrompido, e em meio a tantas celebridades, como enxergar um assassino em série?

O autor apresenta perfeitamente cada personagem, e é aí que a tensão invade o leitor, quando este vê que alguns caminhos se cruzarão com o do assassino, e que da forma mais indolor, mais um universo será destruído por amor.

Personagens: Os personagens são muito carismáticos, pois é facilmente se envolver com cada um deles. São definidos de forma indiscutivelmente perfeita, cada traço de personalidade muito bem expressados e colocados na história em seus momentos mais propícios. A história de vida de cada personagem faz o leitor viajar para uma nova obra, e de repente voltar à Cannes e desejar que a história que lera ainda a pouco, não termine se cruzando com a do assassino.
Perfeitamente colocados.


Por último, comento que só encontrei 1 erro ortográfico dentre todas as 395 páginas do livro. Não é de se admirar, um grande autor não dá espaços para erros.

Em poucas palavras: Intrigante. Elegante. Perfeito.
Boa leitura.



4 comentários:

  1. Oi Arthur, adorei tua resenha, super limpa, objetiva e gostosa de ler.
    Devo confessar que tenho um certo receio em ler livros do Paulo, por conta da facu...a maioria dos professores sempre taxavam os livros dele, como não literários, de fácil entendimento, aqueles parecidos com livros de banca e que não valem a pena serem lidos, então qndo saí da facu, achava que só deveria ler livros literários, mas no fundo, os literários são o que menos nos atraem não é mesmo?
    Ainda estou amadurecendo a ideia de ler algo do Paulo, mas confesso que sou sempre instigada por resenhas maravilhosas sobre os livros dele.
    Quem sabe eu embarque na leitura de algum ano que vem e quebre de vez essa barreira que separa o Paulo Coelho da Gilciany.
    Beijinhos lindo e bom natal!♥

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  2. Que resenha linda, Arthur!
    Assim como a Gil, eu também tenho receio de ler livros do Paulo, acho que é um pouco demais pra mim, entende?
    Nunca gostei tanto. :/
    Mas enfim, adorei a resenha, incrível!

    Um beijo,
    Luara - @luuara
    http://estantevertical.blogspot.com/

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  3. Gato,que resenha é essa?Me ensina a fazer um texto desse?kkkkk
    Nunca li Paulo Coelho,mas agora acho que irei mudar de ideia sobre isso...
    Parabéns!Ah!!!Terminei o livro do Alexandre Dumas primeiro do que vc kkkkkk e eu pensando que vc iria terminar primeiro \o/
    Beijão seu lindo.
    http://fomesedeevontadedeler.blogspot.com/

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  4. Ok, eu tenho que dizer que eu sou uma grande simpatizante do Paulo Coelho, um dia ele até me respondeu no twitter HADUSHADUS resumindo, me sentir!
    Eu simplesmente amei a capa, eu me sentir famosa kkkk quero ler esse livro depois dessa resenha, como faz? kkkkkkk

    AAAwn, que bom que gostou do Calafrio, eu também adoro, confesso que no começo tinha um certo preconceito desse livro, mas ele é maravilhoso, é bom saber que você gostou (: e eu falei demais kkkkkk

    Agente já postou outra resenha lá, quer ler? http://falleninme.blogspot.com/ desde já obrigada!
    - Mica

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